quarta-feira, 9 de novembro de 2016

sobre pertencer

tem dias que eu entendo muito bem por que eu planejava viver sozinha. desde sempre.
eu não sei pertencer ao que me cerca.
me sinto uma estranha em casa, na faculdade, em grupos de amigos, em conversas. as interações me lembram do quanto eu me sinto diferente de todos, mas não do jeito positivo: me sinto inadequada. não sei lidar com as coisas com que vejo os outros lidando. sou fraca, frágil e, não bastasse sentir tudo com mais intensidade, tomo pra mim as dores dos outros. nunca aprendi a separar as coisas nem a ser mais forte e nem sei se consigo.
todo dia é um novo teste.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

daí que estou numa missão de evitar as bad vibes, já que elas não parecem fazer o menor esforço pra me evitar. nisso fico adiando filmes, eventos, livros, conversas etc.
quero assistir Abril Despedaçado? quero sim, mas olha o nome. tenho condições? ainda não consegui nem ir atrás da sinopse.
quero rever Downton Abbey? quero sim, muito mesmo, mas parei de assistir da primeira vez porque meu coração não estava aguentando tantos conflitos e sofrimentos e dessa vez não consegui nem terminar o primeiro episódio (exatamente porque lembrei de como tinha sido sofrido da outra vez que assisti e a aflição já se instalou em mim).
quero ter conversas saudáveis sobre política? super quero, mas vejabein esse contexto atual. vejabein que eu integro uma autêntica Família Tradicional Brasileira e não vou estar sabendo lidar com os discursos.
inclua-se nisso a vontade de me informar sobre/participar de movimentos sociais, discutir questões importantes de gênero, violência, etnias etc. um sonho distante.
vou me recolher à minha bolha da alienação, que aqui só tem good vibes (nem sempre, mas né. a gente tenta)

terça-feira, 24 de maio de 2016

tudo permanece




everything stays right where you left it
everything stays, but it still changes
ever so slighty, daily and nightly
in little ways
when everything stays

quinta-feira, 17 de março de 2016

terminados os 500 dias...

... (metafóricos) cá estou renovada e bem. verdadeiramente bem. pensar no passado já não dói mais, virou uma memória bonita e saudosa, apenas.
digo 500 dias metafóricos, sim, claro, por causa do filme 500 Dias com Ela. ouso dizer que assisti bem no último dia de tristeza, foi como fechar tudo com chave de ouro. o narrador diz logo no início: "this is not a love story, this is a story about love" e logo ali você já pode se preparar pra vibe toda da coisa. aquele filme é incrível, entra fácil nos meus filmes preferidos da vida. cada vez que o assisti, interpretei de um jeito diferente (ou seja, eu estava passando por fases diferentes, a visão era outra sempre).
dessa vez, como não poderia deixar de ser, me enxerguei completamente no Tom. mas dessa vez pude ver meu ex na Summer, e toda a história se encaixou com a nossa de uma forma tão precisa que tudo se esclareceu pra mim. foi um alívio poder entender como tudo se passou, como chegamos ao fim, e como é possível seguir em frente.
não vou entrar em detalhes, apenas deixo aqui a recomendação de um dos filmes mais reais e bem feitos, na minha humilde opinião, sobre o amor.

quarta-feira, 9 de março de 2016

enfim

mudei senhas, escondi (de mim mesma) fotos e guardei todas as lembranças possíveis numa caixa que não pretendo abrir tão cedo (acho que vou esconder também).
acho que agora vai.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

são tantos altos e baixos que eu sinceramente preferiria estar numa montanha-russa (literalmente).
tenho passado pelas 5 fases do luto de uma forma cíclica, não sei se isso é normal ou se indica algum problema maior que tristeza.
o fato é que eu não me sinto apenas sozinha, eu me sinto abandonada, rejeitada, iludida, injustiçada, amarga, cética, quebrada... e a culpa não cabe a ninguém, só a mim mesma. eu que escolhi acreditar em promessas que não tinham como ser cumpridas, eu que nutri um sentimento que não teria como ser correspondido pra sempre, eu que escolhi me entregar, ao invés de continuar me protegendo.
não quero mais. vou voltar a ser sozinha, ninguém mais vai poder me machucar ou abandonar. sempre foi assim, não tem porque não ser de novo.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

só vim dizer que estou melhorando, enfim.
a jornada é longa, a dor é enorme, mas o ser humano realmente é capaz de tudo, até de superar.

domingo, 31 de janeiro de 2016

eu continuo perdendo

2015 acabou, mas os efeitos ainda ressoam em 2016.
claro que um ano é só uma medida fabricada etc etc, mas tem todo um simbolismo pra mim. cada ano é um capítulo, então todos refletem um período que deve ser significativo de alguma forma. e, já foi dito exaustivamente aqui, 2015 foi um capítulo horrível. fosse minha vida um livro, eu teria parado de ler e ido atrás de algum conto do Lovecraft pra espairecer.
bom, eu ainda espero que as coisas melhorem, mas o que parece realmente estar acontecendo é um estado prolongado de ilusão induzida conscientemente por mim mesma. eu sabia que perderia mais. sabia que acabaria. esse fim começou.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

eu tenho uma constante impressão (que eufemismo, né) de que perco muito tempo de aprendizado por escolher o caminho confortável em vez do caminho doloroso.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

sobrevoando os ovos e quebrando tudo do mesmo jeito

cês acreditam que minha irmã voltou a estudar pra valer e, pra parar de ser interrompida umas 10 vezes toda manhã+tarde, pensou "não vou falar pra minha mãe parar de me chamar, porque ela vai se magoar" (vai mesmo, nem é exagero) então fez uma linda plaquinha com o seguinte impropério:

ESTUDANDO

e o resultado? uma mãe extremamente magoada porque aquilo claramente foi um ataque pessoal e pfvr ela nem chama ninguém, que loucura, até parece que estuda e ainda vem reclamar dela, eu hein.
...
pisar em ovos já virou um conceito obsoleto aqui em casa.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Florence + The Machine ~ Caught

It's the hardest thing I've ever had to do
To try and keep from calling you
Well, can my dreams keep coming true?
How can they?
Cause when I sleep, I never dream of you

As if the dream of you, it sleeps too
But it never slips away
It just gains its strength and digs its hooks
To drag me through the day

And I'm caught
I forget all that I've been taught
I can't keep calm, I can't keep still
Pulled apart against my will

It's the hardest thing I've ever had to prove
You turn to salt as I turned around to look at you
Old friends have said, the books I've read
Say it's the thing to do
But it's hard to see it when you're in it
Cause I went blind for you

Then you leave my head, crawl out the bed
Subconscious solipsist
And for those hours deep in the dark
Perhaps you don't exist

And I was thrashing on the line
Somewhere between
Desperate and divine
I can't keep calm, I can't keep still
Persephone will have her fill

And I'm caught
I forget all that I've been taught
I can't keep calm, I can't keep still
Pulled apart against my will

(Florence sempre me entende, essa linda <3)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

até hoje sou inconformada com o final de How I Met Your Mother.
sim, a vida é assim, nem tudo que a gente planeja acontece bla bla bla a jornada é o que importa etc.
se fosse pra ver a vida dando errado, era só olhar pro mundo real, convenhamos. eu assisto série pra ver o irreal/surreal acontecer, pra acreditar no que eu nem sempre consigo só com a fé na humanidade. daí constroem personagens super complexos e interessantes, fazem-nos trilhar caminhos tortuosos, mas ainda de acordo com seus sonhos (ou, pelo menos, com seus objetivos mais possíveis) e
de repente
tudo cai por terra. porque: vida.
não me conformo, gente. que desculpa esfarrapada. que desperdício de histórias.
... e eu não ando fazendo muito sentido, mas também não tenho pensado muito em nada. sei lá.
reler cartas nem sempre é legal principalmente as escritas antes do plot twist. não recomendo.

domingo, 3 de janeiro de 2016

hoje consigo respirar de novo.
tenho motivos e tenho esperança.
não importa de quê, o importante é ter esperança.
e aí um dia quem sabe as coisa fiquem bem.