terça-feira, 17 de dezembro de 2013

um novo parágrafo

pela primeira vez, eu entro de férias (sim, eu falo "entro de férias" e até hoje não sei se é certo ou não) com um grande peso nas costas e nenhum alívio no peito.
em suma: já perdi 6 anos da minha vida nessa história de estudar pra ser algo que amo na vida, decepcionei minha família e a mim mesma com as escolhas que fiz até hoje e acho que estou prestes a decepcioná-los de novo com a nova escolha que estou prestes a fazer. mas essa não me decepcionaria, porque eu já me decepcionei com todas as oportunidades que escolhi desperdiçar nesses anos de vida acadêmica, especialmente nesse último. joguei fora uma chance que, durante o inferno em que se tornou a medicina, eu só poderia ter sonhado em ter, e agora só posso escolher entre minha realização profissional (tardia, muito tardia) e minha independência. antigamente, quando minha mentalidade ainda era outra, eu não dava tanta importância pra essa ideia de independência, queria só ser feliz no que eu fizesse.
hoje, a possibilidade de ter um emprego que eu não odeie (de preferência, que não me deixe louca é, é com você mesma, medicina, acho que esse é o principal requisito) e que me dê estabilidade financeira me parece uma ideia muito mais agradável, especialmente agora que não sou mais sozinha e tenho planos pro futuro. bom, ainda que eu ainda fosse sozinha, esse momento de fazer planos reais, tangíveis, pro futuro iria chegar, e a balança iria invariavelmente pesar pra esse lado.
agora só me resta planejar os dois caminhos com minúcia e seguir o que eu escolher, com segurança e determinação.
no fundo, eu sei que já fiz minha escolha, mas deixa eu fingir a dúvida por mais um tempo...

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