quinta-feira, 26 de março de 2015

princípios

pode parecer muito óbvio pra qualquer um, mas eu só me dei conta da diferença entre beneficência e não-maleficência durante minhas aulas de Bioética.
e de repente eu tive um clique.
desde o início da minha meique jornada pra me tornar uma boa pessoa (acho que ela começou há uns 5 anos), eu tento fazer o bem sempre que posso, mas por incontáveis vezes me senti uma fraude nesse sentido, porque não, eu não ajudo todo mundo sempre que posso, não é toda vez que eu vejo que alguém precisa de auxílio que eu vou lá e faço a diferença. portanto, beneficência não era bem o que eu estava fazendo sempre, embora fosse o objetivo.
porém, algo que eu faço sempre, todos os dias, consciente ou inconscientemente, é evitar prejudicar os outros. apesar de ser um exercício diário, eu já tenho isso tão incorporado na minha conduta que o esforço não é direcionado para "não fazer o mal" e sim para "não me descuidar e fazer o mal sem querer". taí: não-maleficência. uma coisa boa que eu posso dizer que já é natural da minha pessoa.
e assim eu entendi que eu parto do princípio da não-maleficência, é nele que eu me baseio pra fazer qualquer coisa na minha vida. mas é com essa boa ferramenta que eu acabo me prejudicando, porque tendo a colocar o bem-estar alheio acima do meu na lista de prioridades.
porque eu sempre vou preferir ser gentil a agredir, sempre vou preferir dar o benefício da dúvida a julgar.
é um exercício constante, o de manter a não-maleficência e a beneficência como guias das minhas ações, e muitas vezes eu posso falhar, mas sempre que tenho êxito eu vejo que vale a pena.