quarta-feira, 28 de maio de 2014

medidas, medidas...

percebi que entrei em um padrão muito perigoso para mim mesma: o da expectativa mínima.
provavelmente, foi iniciado com o objetivo de cultivar algum amor-próprio por meio do reconhecimento das pequenas vitórias. sim, elas têm seu valor, claro, toda vitória conta, por menor que seja. mas eu me foquei tanto nas pequenas vitórias (e simultaneamente, como sempre, nos fracassos de qualquer magnitude possível) que, de certa forma, me condicionei a esperar sempre o mínimo de mim mesma. tenho pequenos objetivos. tenho grandes objetivos também. mas em quais eu realmente ponho todo meu esforço? como todo bom (e auto-destrutivo) perfeccionista, eu só me proponho a fazer o que eu tenho certeza de que consigo realizar. ultimamente, só consigo acreditar em mim mesma quando se trata de pequenos objetivos. aquela prova mais fácil, aquela obrigação mais corriqueira, a caridade mais acessível, faço todas elas constantemente, com muita auto-confiança, talvez até mais do que o necessário, como se cumpri-las fossem grandes feitos.
bem, não são. são pequenos objetivos, pequenos feitos, pequenas vitórias.
quero mais, quero maior, quero melhor, quero me ver realizando grandes feitos. não posso continuar adiando as grandes vitórias.