terça-feira, 7 de maio de 2013

a diferença que ocorre em um ano

finalmente resolvi enfrentar a complexidade do sistema do facebook e procurar o início das nossas conversas. até agora não cheguei na primeira frase do primeiro dia, mas já desisti de chegar a esse ponto porque simplesmente não tenho estômago para tanto.
meu deus, éramos tão bobos.
ele, um menino de 16 anos (era o que parecia nas conversas) tentando fazer gracinhas comigo o tempo todo, me elogiando aqui e ali, me agradando, puxando assunto e iniciando conversas o tempo todo tentando desesperadamente chamar minha atenção, muitas vezes escrevendo quase com todas as palavras que gostava de mim.
eu, uma menina de 13 anos (era o que parecia na vida inteira) respondendo casualmente, mais por educação que por qualquer outro motivo, puramente pra manter a conversa porque ele parecia ser alguém agradável e nada mais, alheia aos seus sentimentos e às suas incontáveis tentativas de conquistar pelo menos um pouquinho que fosse do meu interesse.
no começo, as conversas se resumiam a gostos musicais e trivialidades. depois, na verdade, depois do fatídico dia da rosa, quando seus sentimentos já tinham sido esclarecidos com todas as letras para mim, tentamos manter uma relação de amizade sem sucesso. ele pediu para cortarmos relações, eu aceitei por achar que seria o melhor para ele (nota-se a quase indiferença em que eu ainda me encontrava). algumas vezes eu ainda comentava sobre o tal menino para a minha melhor amiga, dizia que esperava que ele estivesse bem, que tivesse seguido sua vida sem problemas, que tivesse me esquecido (porque sempre achei que o melhor para todo mundo seria me esquecer e seguir em frente), até que ele reapareceu.
e reapareceu com uma determinação inacreditável, inabalável. estava decidido a me conquistar, independente de quantas recusas, quantas patadas, quantas grosserias recebesse de mim. e foram muitas, foram incontáveis. resolvi ser mais grossa do que nunca para poder afastá-lo, ainda achando que seria o melhor para ele, afinal, que vantagem haveria para qualquer pessoa em se relacionar com esse poço de inseguranças, complexidade, chatice e tédio essa que vos fala?
pois ele insistiu, persistiu, contrariou amigos e a mim, e não é que o menino conseguiu?
resta apenas o arrependimento pelo tanto que fiz o coitado passar sem necessidade, por culpa de meus problemas internos... ah, tantos problemas... ainda bem que superei alguns deles e resolvi dar-lhe uma chance. foi a melhor decisão que tomei até hoje, porque nunca na vida fui tão feliz.
agora estou decidida a não olhar para essas conversas antigas nunca mais, além de passar o resto de nossa vida compensando o mal que lhe fiz.
preciso de sorte, muita sorte nessa jornada.
o importante é que tudo está dando certo, pouco a pouco, passo a passo, um dia de cada vez.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

minhas primeiras notas do novo curso: um resumo

primeira nota: 7,0 - ok, poderia ser melhor, super dá pra recuperar, pelo menos não comecei mal
segunda nota: 10,0 - SOU A RAINHA DO MUNDO, AJOELHEM-SE, MORTAIS
terceira nota: 3,0 - ai caralho, fodeu o cu do palhaço, fiquei de final, morrimorriMORRI
quarta nota: 2,5 (já sinto cheirinho de fracasso) NÃO DISSE??
quinta nota: 8,0 (tá boa, mas português tinha que ser no mínimo 10, né?)
sexta nota: 6,0 (rysos, porque FÍSICA 1 É TÃO DIFÍCIL MEODELS)
já falei que a média é 8? pois. é.


eu, em breve

sábado, 4 de maio de 2013

welp2

pode-se dizer que ando em círculos, porque vejo um problema, disseco-o ao máximo e, ainda assim, repito. repito e repito até cansar.
(poderia muito bem mostrar o texto anterior para ele, mas escolhi deixar quieto. sou impressionante.)

welp

agora vem o mimimi. não demorou muito, né?
um dos grandes problemas da minha vida (e não venham reclamar que meus problemas são problemas tão pequenos, tão bobos, porque só o dono do problema sabe o tamanho que ele tem) sempre foi e sempre será a dificuldade na comunicação. seja pela dicção (palavra que aprendi desde pequena, já que sempre foi uma reclamação recorrente em relação a mim), seja pela insegurança ou simplesmente pela indisposição para me relacionar com qualquer pessoa, sempre fui uma pessoa de poucas palavras. mesmo meus amigos mais próximos não têm como saber mais de 80% do que se passa pela minha cabeça, acho que nem minha psicóloga, que sabia de sentimentos meus antes de eu mesma saber deles, saberia me ler completamente. não só sou um livro fechado, como também sou um livro de difícil compreensão, com narrativa confusa e diálogos vagos.
meus poucos amores e diversas paixonites todos ficaram na platonicidade (essa palavra existe?) por culpa minha (reciprocidade não tinha como entrar em questão se o outro lado nunca nem desconfiava da existência dos meus sentimentos), e eu me conformei com a idéia de que sempre seria assim. tantas histórias amor que poderiam ser e nunca foram, nunca chegariam a ser, e estava tudo bem, minha vida não precisava disso. eu estava bem com a solidão. não era o caminho que eu queria ter tomado, mas achava que era o caminho que tinha me escolhido, e quem era eu pra discordar do destino?
eu poderia contar em uma mão os amores de verdade que eu tive, todos formando capítulos ridículos da minha vida.
o primeiro, amor de internet (não me julguem), nunca nem chegamos a nos conhecer pessoalmente. disse que me amava e eu o amei e me entreguei àquele amor como nunca antes. quando já estava totalmente imersa naquele sentimento tão estranho e tão forte, o amor dele acabou. simples assim. fiquei cá desamparada, sem saber o que fazer com tudo aquilo que tinha construído dentro de mim, todo o sentimento desperdiçado, sem uso, sem razão de ser. foi minha primeira grande decepção, e foi a partir dela que eu decidi que não queria me sentir daquele jeito nunca mais. afinal, de que adianta sentir algo tão bom se um dia vai acabar?
depois de muitos anos de paixonites e vagos interesses por pessoas vagamente interessantes, veio o segundo amor. esse não veio para corresponder o amor do outro, veio por conta própria. a grande sacada, como não poderia deixar de haver uma, era que ele já me amava há muitos anos, mas eu nunca soube, muito menos correspondi. apenas depois dele ter partido pra outra (outras, na verdade), eu me dei conta de que o amava. amava-o com tanta sinceridade que nem todo meu poder de negação conseguiu me manter indiferente ao sentimento. pela primeira vez na vida, quis fazer algo a respeito. era tudo ou nada. conseguiria um namorado ou perderia meu melhor amigo. como se trata da minha vida, obviamente foi a segunda opção. porém, da forma mais amarga possível, sem nenhuma satisfação verdadeira, nenhuma resposta concreta, apenas o silêncio e o distanciamento, que nada tinham a ver com a amizade tão próxima e tão honesta que tínhamos há anos. o amor foi se desfazendo para dar lugar ao ressentimento, e hoje só resta a mágoa. se existe algo que não morre, duvido que seja a esperança. tenho quase certeza de que é a mágoa.
pouco depois, surgiu o terceiro amor. esse foi o mais inesperado de todos. ele me amava mesmo sem me conhecer direito, intensamente. eu já o havia dispensado por não poder corresponder (na época da confissão, mesmo sem ter me dado conta, eu já estava no segundo amor) e nem imaginava que isso fosse mudar um dia. mas mudou. mudou de uma forma tão sutil, tão gradual, que eu mesma só percebi quando já estava pensando nele sem motivos. todos que sabiam da nossa história ficaram surpresos com a mudança, acredito que ele também ficou surpreso, mas a maior surpresa foi a minha, por não ter percebido que estava cultivando algo tão forte dentro de mim. pela primeira vez na vida, estava amando e sendo amada. foi algo que demorou muito a ser assimilado, ainda está sendo aos poucos, na verdade.
eu o fiz sofrer, ainda que sem ter intenção, por muito tempo, e até hoje me culpo por isso. sei que ele entende meus motivos e sei que ele me ama o suficiente pra me perdoar. eu mesma não me perdoo, mas a vida é assim. cada um lida com seus sentimentos como acha que deve. ele sabe do meu segundo amor, sabe do quanto foi forte e do quanto me magoou, e isso deixou uma sombra no nosso relacionamento. é exatamente esse o problema. como eu não consigo mostrar que esse é o maior amor de todos, maior até que eu mesma? por que o segundo ainda parece algo tão importante? como diabos o segundo parece mais importante que o amor de agora, esse amor que muito me parece que vai durar pra sempre?nunca antes quis planejar meu futuro pensando em algum companheiro ao meu lado, e agora não consigo imaginá-lo de outra maneira. quero meu amor comigo por todos os anos que vierem, quero poder passar por todos os momentos da vida com ele, quero criar memórias, as melhores, as mais doces, todas com ele ao meu lado, quero que ele faça parte da minha vida para sempre. por que é tão difícil me expressar? se eu soubesse, ele não teria tamanha insegurança, ele não se sentiria como a segunda opção, o tal do "quem sabe dê certo, agora que eu perdi o cara que eu amava". ele veria que eu o amo mais que qualquer cara que já cruzou o meu caminho, que eu nunca quis tanto alguém como o quero, que eu nunca me importei tanto com alguém como me importo com ele, que a felicidade de alguém nunca me foi tão importante como a dele. quero apagar as dores do seu passado, fazer cada segundo do presente valer a pena e construir um futuro repleto de amor. quero que seja ele.
ele é meu A, nem existe um B, só o A. ele, meu A. meu único. independente de tudo que já aconteceu comigo antes, para mim, ele sempre vai ser meu primeiro. e, se der tudo certo, quero que seja meu último.

mais uma primeira vez

voltarei a postar.
dessa vez, contrariando o padrão de todos os blogs que já tive, não estou numa fase ruim. muito pelo contrário, estou passando pela melhor fase da minha vida desde que saí da infância (convenhamos, nenhuma fase da vida vai superar a infância a menos que você tenha sofrido algum trauma, o que felizmente não foi meu caso, em que você pode ser ignorante e desocupado e não sentir culpa) mas divago.
preciso me acostumar a compartilhar mais meus próprios pensamentos, independente do momento. sou do tipo que só se abre quando não aguenta mais manter tantos sentimentos ruins só para si. esse blog vai ser minha primeira tentativa. veremos no que vai dar.